O Movimento Brasília Sempre-Viva participou, no último dia 20, da 3ª edição do MOVIOLA, evento que busca promover e valorizar o Cine Brasília. Neste ano, com o aniversário de 50 anos da Capital, não poderia ser diferente!
Fomos convidados para participar e levamos ao espaço do cinema um pouco sobre o que está acontecendo em Brasília, com a construção do famigerdo Setor Noroeste, uma obra que foi aprovada na base da corrupção, e que tem destruído quilômetros de cerrado virgem, desrespeitando as leis ambientais, além de ter provocado muitos problemas para a comunidade indígena que há mais de 30 anos habita a região do Parque Burle Marx (Terra Indígena Bananal - Santuário dos Pajés).
Com o apoio da ONG Preserve Amazônia e da Pro'Active Language Institute, conseguimos montar uma exposição fotográfica com fotos de JPhilippe Bucher, Randal Andrade e Renato Zerbinato (Sociedade das Bicicletas). Intitulada "A nova corrida para o Oeste: perspectivas cinzentas de um bairro verde", a exposição divide-se em 2 partes. A primeira mostra o cerrado vivo e preservado, exuberante em sua diversidade animal e vegetal, com toda a potência de vida e medicinal. A outra parte, cinzenta, é de fotos da construção do novo "bairro verde", que já derrubou dezenas de hectares de um cerrado vivo e pleno.
A população de Brasília está cansada de tanta mentira, tanta corrupção, da sanha imobiliária que com maldade derruba o que temos de mais precioso. As consequências sócio-ambientais que a construção desse novo setor habitacional implica têm sido camufladas por uma mídia sem compromisso com a verdade, pois ela depende do governo do DF, que a sustenta com mais de centenas de milhões por ano.
Não se deixe enganar pela maquiagem verde do St. Noroeste. Busque a informação em meios alternativos, não acredite em tudo o que a TV te diz. Jornalismo não é sinônimo de verdade. Vá visitar a região e ver quantas árvores eles já não derrubaram por ali.
Release:
PERSPECTIVAS CINZENTAS DE UM BAIRRO VERDE
No Ano Internacional da Biodiversidade a cidade de Brasília vive uma situação que fere princípios ecológicos, e toma corpo aos olhos da população: a construção de um novo conjunto habitacional na última zona de cerrado nativo da região tombada de Brasília como Patrimônio da Humanidade.
Grupos ambientalistas têm alertado para os impactos negativos do empreendimento imobiliário nos parques vizinhos (Parque Nacional de Brasília e Parque Burle Marx), além dos danos ao Lago Paranoá, com o aumento do assoreamento e do volume de esgoto despejado no lago. A polêmica foi ampliada após a divulgação de estudos que afirmam que o Lago Paranoá será o provável fornecedor de água da cidade a partir de 2011.
Apesar de seu “marketing verde”, a construção do novo bairro implica na derrubada de dezenas de hectares de uma área de cerrado até então plenamente preservada. A exposição fotográfica retrata esta incongruência nas imagens dos fotógrafos JPhilippe Bucher, Randal Andrade e Renato Zerbinato, e revela a força e a delicadeza de um cerrado que enfrenta e resiste à lógica do concreto.
Movimento Brasília Sempre-Viva
O Brasília Sempre-Viva é um movimento da sociedade civil organizada que agrega representantes de entidades ambientalistas e agrupamentos afins com vistas à preservação do patrimônio ambiental da capital do Brasil. O movimento pretende, através de ações institucionais junto aos órgãos competentes, e da promoção de eventos de caráter cultural e educativo, promover a participação da população nas decisões que afetam sua qualidade de vida, cobrando do poder público a efetiva proteção do bioma cerrado, das águas e dos recursos naturais da região.
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